Comunidade: como vender, engajar e se relacionar no cenário digital em 2022

Publicado em 11 de abril de 2019

cenário digital



Nós da B2B Stack realizamos um bate-papo com Emiliano Agazzoni, head de comunidade no Distrito para discutir como vender e engajar no cenário digital. Entre os assuntos discutidos foi a posição de community manager e as práticas a serem levadas em conta na criação de uma comunidade.

Tive um bate-papo sobre esse assunto com o Emiliano Agazzoni, Head de comunidade no Distrito.

Antes de falarmos sobre ferramentas, falamos um pouco do que é o community management. E minha primeira pergunta que fiz ao Emiliano, foi relacionada ao que é isso, principalmente para quem não conhece ainda.

Emiliano: “Community manager é um gerente de comunidade, ele trabalha com pessoas, geralmente liderando um grupo de pessoas com um interesse em comum. Então, pode ser uma comunidade de startups, de pessoas que querem aprender inglês, ephol… Uma comunidade que faz um esporte.

No mundo das startups isso tem crescido muito, o Facebook ajudou muito, inclusive mudou a missão deles para ajudar as comunidades – hoje o Facebook não conecta mais pessoas, e sim comunidades. Então, há toda uma transformação no mundo dos negócios que está em torno da comunidade.”

E o community manager ele gerencia essas pessoas. Ele cria eventos, engaja as pessoas descobre quais são suas dores, necessidades e procura soluções, faz todo um trabalho para que elas interajam e que essa comunidade cresça e gere benefícios para todos os membros.

Quais os principais benefícios?

Emiliano: “Em primeiro momento, quando se cria uma comunidade, se cria com um propósito, um objetivo. Então, se for uma comunidade com foco em tecnologia, eles buscam gerar negócios e trocar ideias sobre produtos, experiências, como desenvolver novas tecnologias, como engajar comunidade de desenvolvedores para ajudar a desenvolver uma plataforma open source, por exemplo.

Como uma comunidade de pessoas de negócios, da área de startups buscam por eventos e conhecer outras pessoas de negócios, a ajudar na contratação de pessoas, descobrir talentos, trocar experiências na questão de como vender mais, como gerenciar times.. Então, são diferentes motivos e começa por aí: Em qual é o propósito dessa comunidade e a partir desse propósito você começa a construir tudo isso.

E algo muito importante, é definir a persona e quando falamos de persona, não temos que ser uma jornada gigante, o clássico de marketing e comunicação. Hoje a persona mudou, e não é mais o cara de 30 anos que mora em São Paulo, classe A e B, não. É o Emiliano, que usa mais Facebook do que Instagram, fala ephol, é argentino.. e é isso. É por hábitos, gostos.

Então, como você chega nessas comunidades, hoje por exemplo temos empreendedores de 20, 30 e 50 anos. E mentores de 60, 70 e todos pertencem a esta mesma comunidade. Então, definiram a persona por hábitos e interesses e começaram a trabalhar com base nessas necessidades.”

O que levar em consideração na hora de começar?

Para quem quer começar, quais seriam as métricas a serem observadas para o progresso dessa comunidade, o que em geral é importante para quem quer começar uma comunidade?

“Primeiro: O que é o sucesso para essa empresa? Qual vai ser o ROI? Essa é a primeira coisa antes de chegar na persona. Exemplo: Sou uma grande empresa e quero me relacionar com mais startups. Este é um objetivo. E o que é “mais startups?” São 5, 10, 50, 200 startups no primeiro ano? Tem que definir o sucesso, e partir daí começa a traçar o objetivo e essa estratégia de comunidade.

Mas ao mesmo tempo você pode trabalhar a comunidade interna, que é a cultura e o endomarketing das grandes empresas que é o RH que trabalha e nunca conseguiu trabalhar muito bem, pois as empresas crescem muito. E gente fala de grandes empresas, 4 mil / 5 mil funcionários mas também falamos de startups. Que nascem com 20, com o investimento vão para 50 e hoje no caso de um Nubank, tem 1.500 funcionários.

Então, como você gerencia isso? Internamente um community manager cuida da comunicação dos funcionários, membros da empresa, articula, engaja, gera eventos, cria benefícios – quais são os benefícios? Estão interessados em plano de saúde ou academia? – nossa geração mudou!

Então, a partir destes objetivos, você traça a estratégia e as métricas dependem destes objetivos. Então, eu quero atingir 200 startups então cada vez que eu fizer um evento eu vou contabilizar.

Se eu quero engajar os funcionários – são todos indicadores que ajudam. E você cria esses indicadores a partir da sua ideia de sucesso e qual o seu ROI. Primeiro tem que ficar muito claro isso.” Afirma Emiliano

O stack ideal para gerir uma comunidade

Aproveitando a experiência de Emiliano com comunidades e considerando o seu trabalho tanto na parte offline dos eventos quanto nos conteúdos online que produzem, minha pergunta foi: “Qual é o stack que você usa para gerir uma comunidade. O que você traria de ideia para toda essa gestão de indicadores e pessoas?”

Emiliano: “A escolha da ferramenta depende de como você traçou a sua estratégia, então, se você trabalha com uma comunidade offline, vai trabalhar com uma ferramenta.

Se você trabalha só online como por exemplo as comunidades de gamers e developers do mundo inteiro.. fazem evento uma vez por ano mas no dia-a-dia interagem com pessoas do mundo inteiro na comunidade online então você vai focar em uma ferramenta online.

Estamos desenvolvendo uma plataforma de gerenciamento de comunidades, está quase pronta. Uma das melhores plataformas do mercado hoje se chama Mobilize.io é dos Estados Unidos e custa $800 e abaixo dela tem um monte. Você pode usar o slack, um grupo do Facebook, Discord, Rocket Chat – que é daqui do Brasil e tem mais usuários que o Slack – pode até ser um grupo no Whatsapp.

Nem todas são ferramentas perfeitas de comunidade mas elas te ajudam a manter essa comunicação que é o fator chave de comunidade. Você pode criar um evento, convocar as pessoas, terminou o evento, todo mundo vai embora pra casa.. Como você continua a conversa com essas pessoas? .. Isso é fundamental!

Sempre a escolha da ferramenta depende de como você traçou a sua estratégia de comunidade. Às vezes pensamos que a ferramenta vai fazer com que eu tenha uma melhor comunidade – NÃO! Hoje nós usamos o Slack, uma plataforma de eventos como Sympla ou Eventbrite. O email marketing serve para mensurar, o acesso ao site também é indicador.”

Quer saber mais?

Aqui vai uma matéria super bacana sobre esse conteúdo e uma dica do Emiliano para quem quer se aprofundar mais:

“No Brasil temos pouco conteúdo, quase nada. Estou lançando uma plataforma de conteúdo de diferentes formatos para community managers e a primeira iniciativa vai ser um curso de 3 horas, em São Paulo dia 16 de Maio no Habitat do Bradesco às 18h e em Curitiba, 8 de maio onde vamos compactar essa ideia de community que está muito dispersa e que vai gerar muitos insights para quem estiver com uma comunidade pronta ou para quem quiser criar uma ou aumentar o engajamento que é o fator principal.

Convidamos a todos e adquiram o seu ingresso com 40% de desconto para quem acompanha nossos conteúdos!”

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Até a próxima!


Publicado por Eduardo Müller

Eduardo é fundador e CEO da B2B Stack – maior portal de busca e avaliações de softwares B2B brasileiro. Trouxe para o Brasil a Predictable Revenue de Aaron Ross (autor dos best sellers Receita Previsível e Hipercrescimento); Engenheiro Mecânico pela Purdue University, acompanhou por oito anos nos EUA as práticas de vendas e operações estado da arte de empresas Fortune 100 a startups.


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