Em tempos em que os diferenciais de uma empresa tem um grande impacto nas decisões de compra dos consumidores, a metodologia “Design Thinking” pode te ajudar a reconhecer todo o potencial do seu negócio e alavancar seus resultados.
A metodologia leva em consideração Feedbacks, empatia, chuva de ideias de todos os colaboradores e tomadas de decisão baseadas nas melhores alternativas para melhorar a experiência do cliente são algumas das bases que norteiam o Design Thinking.
Hoje, não só o desenvolvimento de produtos e a área de design, mas todos os outros departamentos de uma empresa, podem se beneficiar com essas práticas.
Entre os cases (casos) de sucesso de empresas já consolidadas no mercado que utilizam o Design Thinking para aprimorar a experiência do cliente, está a Havaianas.
Após muitos brainstormings, auto-análises e pesquisas de mercado, perceberam que a marca poderia ir além dos chinelos para oferecer também tênis, bolsas e outros acessórios, o que está fazendo o maior sucesso entre os consumidores em suas franquias próprias.
A Netflix é outro case de sucesso do Design Thinking, que utiliza a metodologia para entender o comportamento dos seus assinantes e lançar séries, filmes e documentários conforme os interesses percebidos, bem como para melhorar suas recomendações.
Não tem mais volta! Atualmente, o foco de todas as empresas em atividade precisa estar em oferecer a melhor jornada para o consumidor, pois conforme estimativas, cerca de US$ 35,3 bilhões ainda são perdidos por ano por empresas dos EUA, por conta de problemas evitáveis na experiência do cliente, como a melhora no atendimento.
Saiba, então, como evitar este tipo de perda com o Design Thinking e ganhar credibilidade no mercado!
O que é Design Thinking?
Design Thinking, ou na tradução literal “pensamento de design”, é uma metodologia que busca explorar todo o potencial criativo dos colaboradores de uma empresa, a fim de aprimorar produtos ou serviços, solucionar problemas ou fazer mudanças importantes em processos e outras áreas do negócio.
O Design Thinking recebeu este nome devido a sua característica de estimular as pessoas que estão envolvidas neste processo a desenvolverem, literalmente, o pensamento, aprendizado e a criatividade de um designer.
Isto significa manter os olhares atentos às oportunidades e através de uma visão holística, com pesquisas, hipóteses, ideias, tentativas e erros, e conseguir encontrar a solução para melhorar a experiência do cliente e das pessoas no geral com soluções inovadoras.
No Design Thinking tudo começa com a identificação do que precisa ser aprimorado em um negócio.
A partir disso, o objetivo é coletar o máximo de ideias possíveis entre todos os colaboradores, buscando obter as melhores possibilidades de respostas para atrair e fidelizar o consumidor.
Como funciona o Design Thinking?
O básico, e mais importante, que você precisa compreender sobre Design Thinking é que essa metodologia é totalmente dependente da colaboração das pessoas envolvidas para ser executada, que é, inclusive, um dos três pilares deste conceito.
Isso porque este processo não só requer pluralidade e diversidade de ideias, mas também é uma ótima ferramenta para desenvolver as habilidades de todos os colaboradores e mantê-los engajados com a causa.
Ao optar pelo Design Thinking para o aprimoramento da sua marca, você também precisa saber que o processo precisará de um “design thinker”, ou facilitador.
Este profissional será responsável por liderar a equipe para colocar todos na mesma página, evitar a dispersão sobre o foco do problema, assim como para garantir que as reuniões sejam produtivas e repletas de sugestões.
Outro detalhe é que o design thinker precisa ter a mentalidade aberta para receber tanto ideias quanto críticas, e saber lidar com todas elas.
Além da colaboração, o Design Thinking possui outros dois pilares: empatia e experimentação.
A empatia, no caso, é no seu sentido literal, ou seja, se colocar no lugar do outro para enxergar uma situação como ele enxerga, sentir o que ele sente, pensar como ele pensa ou agir como ele age.
Isso faz total sentido quando pensamos em como nos sentiríamos estando no lugar de um cliente quando ele reclama, e, em como gostaríamos ou não de ser tratados neste cenário.
Este é o passo fundamental para entender como realmente agregar valor a um produto, serviço ou processo.
E o outro pilar, a experimentação, é o último passo para que tudo o que foi feito e aprendido seja viabilizado.
Este será o momento de testes, da mitigação de erros, e saber voltar ao começo antes que seja tarde se for visto que a solução em que chegaram não é a esperada.
Quais são as etapas do Design Thinking?
O Design Thinking é composto por algumas etapas básicas, que é claro, podem ser adaptadas para as demandas da empresa, mas precisam ter essa lógica para funcionar.
Alinhamento dos colaboradores
Assim como durante os processos de transformação digital, no Design Thinking todos os colaboradores, independente dos cargos, precisam entender o porquê de estarem usando essa metodologia, o que eles podem esperar desses processos, como podem contribuir e como irão executá-los.
É importante que todos estejam alinhados para que se possa contar com o engajamento esperado, e para que todos se sintam importantes na hora de tomar decisões.
• Você também pode conferir no portal B2B Stack a categoria de softwares para recursos humanos, com ferramentas e plataformas úteis para manter seus colaboradores capacitados e engajados!
Entendimento e observação do problema
A partir do alinhamento das estratégias com os colaboradores, será hora de fazer as análises sobre o negócio para que se consiga enxergar seus pontos fortes e fracos, assim como para identificar os problemas que precisam ser resolvidos ou processos que precisam de aprimoramento.
Tudo isso precisa de um levantamento de dados que pode ser bem extenso inicialmente, assim como da contribuição do máximo de pessoas que fazem parte do seu ecossistema empresarial.
Os clientes, por exemplo, podem contribuir com feedbacks e pesquisas, já os colaboradores podem trazer detalhes que somente a vivência diária dentro do negócio os faz enxergar, e os líderes, podem ajudar com informações sobre o desempenho dos funcionários.
Estes são apenas alguns dos dados que podem ser levantados para ter uma visão panorâmica sobre a empresa, e assim poder partir para o próximo passo.
Exposição dos pontos de vista
Nessa etapa do Design Thinking todos irão apresentar suas contribuições, ouvir as opiniões dos colegas, expor seus pontos de vista, para enfim, chegar aos problemas prioritários que deverão ser tratados com mais urgência, assim como estabelecer uma ordem para cada tratativa.
Ideação
Com o objetivo e prioridades definidos, todos irão começar a compartilhar suas ideias para alcançar as metas, como em um brainstorming.
Seja em uma equipe pequena ou grande, o importante é que todos tenham total liberdade para falar suas ideias, sem repressão e com a máxima transparência, para que se consiga reunir todas elas, e depois de discuti-las e filtrá-las, fazendo um compilado com as melhores delas.
Prototipagem, testes e iteração
Com todas as melhorias estruturadas e em mãos, será necessário prototipar o projeto para visualizar na prática se ele realmente será viável, antes de gastar recursos com a versão final.
Essa fase deve ser flexível para que se consiga corrigir erros que podem comprometer todo o resultado final do projeto ou adicionar o que for agregar valor, inclusive, a fase de prototipagem e testes é indispensável para atuar preditivamente sobre as falhas na execução dos processos.
Os testes e iteração, por sua vez, precisam ser aplicados e acompanhados de perto e constantemente para entender como está o desempenho da solução desenvolvida, para depois disponibilizar sua versão final com todos os elementos que foram devidamente aprovados.
Por que investir em Design Thinking
O Design Thinking é benéfico não só para o cliente, mas também para o relacionamento entre empresas e colaboradores.
Do lado do consumidor, a vantagem do Design Thinking é que a metodologia visa as melhores maneiras para elevar cada vez mais o nível dos produtos, atendimentos ou serviços prestados, o que mantém a experiência do cliente sempre no foco dos processos.
E do lado das empresas, o Design Thinking melhora a colaboração em equipe e promove a comunicação entre as pessoas que têm o pensamento e objetivo comum de fazer a empresa crescer.
Além disso, é uma forma de manter as equipes engajadas neste crescimento porque todos sentem que suas ideias estão sendo ouvidas, não só pelos gestores mas também pelos colegas de trabalho, possibilitando que um aprenda com o outro.
Todas as pessoas podem desenvolver essa habilidade de “pensar como um designer” e contribuir com ideias inovadoras para criar soluções geniais, basta o incentivo.
Dica B2B Stack: Ferramentas para ajudar no Design Thinking
Bom, nada do que falamos até aqui faz sentido se você e suas equipes não tiverem nas mãos as ferramentas certas.
Hoje, você não precisa mais reunir ideias em pilhas de papéis que vão se perdendo com o tempo. Todas as ideias podem ser armazenadas em softwares específicos, de forma que não se perca nada e que todos os envolvidos possam trabalhar de forma colaborativa.
Além das ferramentas que nós vamos apresentar para que você e suas equipes façam seus brainstormings, você pode conferir no portal B2B Stack os melhores softwares para gestão de projetos, e assim, criar os fluxos de trabalho adequados para cada demanda.
Por agora, saiba como funcionam as seguintes ferramentas:
- Miro;
- MindMeister;
- Lucidchart;
- Google Jamboard.
Miro
Miro é uma plataforma de colaboração em equipes que oferece um quadro em branco e ferramentas de edição para criar mapas mentais, brainstormings, workflows, diagramas e fluxograma, entre muitos outros trabalhos que precisam de organização e planejamento.
No Miro você pode criar grupos e convidar pessoas que irão colaborar nos processos de Design Thinking, e tudo o que for criado ficará armazenado na nuvem para que possa ser acessado de qualquer lugar.
Para começar suas etapas de Design Thinking no Miro você pode usar um modelo de template disponibilizado pela própria plataforma ou criar o seu do zero, conforme as necessidades do seu projeto.
Depois, é só desenvolver os processos de edição, contando com ferramentas de texto e desenho, notas adesivas, formas, comentários, visualização em Kanban, e nos planos pagos, há também a possibilidade de inserir um timer para controlar o tempo do projeto.
E entre outras funcionalidades, você também pode fazer o upload de arquivos do seu próprio dispositivo ou dos seus arquivos da nuvem para complementar o template, e fazer integrações com outros softwares que você já utiliza.
O Miro pode ser usado gratuitamente, e seus planos pagos custam a partir de $ 8/usuário/mês, considerando o faturamento anual.
• Leia mais sobre o Miro no nosso conteúdo completo: Saiba como usar o Miro para otimizar o home office.
MindMeister
MindMeister é uma plataforma para criar mapas mentais e fazer brainstormings de forma colaborativa, que também oferece ferramentas de gestão de equipes.
O MindMeister oferece modelos de mapas mentais pré-definidos e para brainstormings de vários tipos de projetos,
Entre os recursos disponíveis para edição dos seus projetos de Design Thinking incluem:
Imagens, emojis, paleta de cores, estilização de linhas e textos, notas expansíveis, comentários, histórico de versões, estilização de tópicos, planos de fundo, upload e anexo de arquivos e até a inclusão de vídeos do Youtube.
O MindMeister pode ser utilizado de forma gratuita, ou a partir de US$ 2,49/mês para uso pessoal, ou ainda, a partir de US$ 4,19/mês para equipes.
Lucidchart
Lucidchart é uma plataforma de diagramação que oferece recursos para que você e suas equipes criem seus projetos de Design Thinking.
No Lucidchart você consegue criar diagramas para atribuir tarefas e organizá-las por equipes, assim como para desenhar fluxos de trabalho ou de dados que precisam ser seguidos ou acompanhados.
A plataforma também disponibiliza modelos de templates para brainstormings, fluxogramas, organogramas, quadros de tarefas, para mapear a jornada do cliente e criar relatórios e painéis de controle.
Entre os recursos de edição do Lucidchart para os diagramas criados abrangem:
Ferramentas de texto e desenho, formas, cor, importação de arquivos, ícones, gifs, imagens, estilização de linhas e mais.
O Lucidchart também se integra com várias ferramentas, como os aplicativos do Google Workspace, da Microsoft, Slack, Trello e mais.
Você pode usar o Lucidchart gratuitamente, e seus planos pagos custam a partir de US$ 7,95/mês para uso individual, e a partir de US$ 9,00/usuário/mês para equipes.
Google Jamboard
Google Jamboard é um dos aplicativos do Google, e funciona como um quadro branco interativo, onde você e suas equipes podem colaborar nas etapas de Design Thinking.
O Google Jamboard, embora não disponibilize modelos pré-definidos de templates para editar, é bastante flexível para que você possa adicionar ao quadro o que for necessário:
Desenhos, formas, textos, imagens, notas adesivas e planos de fundo.
Você consegue importar arquivos diretamente dos seus dispositivos no Jamboard, ou ainda, através da pesquisa por imagens do Google, do Google Drive, do Google Fotos, por URL ou direto da sua câmera.
O Google Jamboard pode ser acessado gratuitamente pelo menu de aplicativos do Google no seu navegador, ou baixando seu APP para dispositivos móveis, e também está incluso nos planos do Google Workspace e Google Workspace for Education.
• Leia também: Dica B2B Stack: Como usar o Jamboard para brainstorming.
Conclusão
Como você viu, o Design Thinking é um método que pode ser utilizado em todas as empresas para obter de todos os colaboradores as ideias mais criativas para criar produtos ou serviços inovadores, prontos para fazer sucesso diante dos olhos do consumidor.
Utilizando essas práticas é possível identificar, em equipe e em grande escala, as falhas e acertos em processos, assim como entender o que precisa ser melhorado de forma prioritária e estabelecer ideias e visões em conjunto para oferecer uma experiência cada vez melhor para o cliente.
No Design Thinking a ideia de “duas cabeças pensam melhor que uma” é realmente levada a sério, e não é à toa que seus três pilares são empatia, colaboração e experimentação.
Neste conteúdo você também conheceu ferramentas que pode utilizar nos seus processos de Design Thinking, desde o planejamento de um projeto até sua conclusão, e são elas: Miro, MindMeister, Lucidchart e Google Jamboard.
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