E-commerce B2B: O que esperar dos próximos anos

Publicado em 23 de novembro de 2017

E-commerce B2B

É indiscutível o crescimento e futuro do e-commerce no Brasil e no mundo. É nesse formato de “comércio eletrônico” que em alguns anos, estaremos fazendo todas as nossas compras. Elaboramos aqui uma análise do que esperar do E-commerce B2B nos próximos anos.

Quando foi que você fez uma compra, pela última vez, em uma loja física?

Se a resposta não for “pão”, “remédio”, “compra do mês” ou qualquer outro item de necessidade básica e/ou urgente, existe uma grande possibilidade de você não se lembrar da última data da compra “offline”.

Agora, se a pergunta for “quando foi a última vez que você comprou – ou quis comprar – online?”, a resposta pode ser bem mais rápida e assertiva.

E, se formos considerar além de apenas o desejo de compra, mas também a publicidade, você com certeza viu mais propagandas, esse ano, no ambiente online do que na televisão, nos jornais e revistas, nos semáforos ou em outdoors pela cidade.

É assim que o mundo caminha, há algum tempo, e dita as regras do jogo do E-commerce B2B hoje e no futuro: estamos vivendo uma era onde o comércio está cada vez mais conectado, atendendo a um público cada vez mais exigente e sem, necessariamente, ter que abrir portas físicas e arcar com seus custos.

O que muitos enxergavam como uma moda passageira acabou vindo para ficar – e trazer rentabilidade às empresas. De acordo com matéria recente da Forbes, as pesquisas do setor B2B E-commerce mostram que, em 2015, o comércio virtual atingiu mais de 4 bilhões de dólares em faturamento, um resultado que tende a se tornar crescente, com uma promessa de 15% de aumento nos negócios mundiais até  até 2020.

Leia também: Análise B2B: Ferramentas de comunicação interna

Tendências do E-Commerce B2B

Uma das principais tendências do E-commerce B2B para o ano que vem, visando justamente esse crescimento, é a adaptação de preços e ferramentas de cálculo de frete e venda em tempo real através de algoritmos de otimização, para respostas mais dinâmicas ao consumidor.

Isso significa que ficará mais fácil aos softwares de venda ajustar suas oportunidades de acordo com as demandas, e não esperar passivamente que os clientes se manifestem para que as lojas possam rever suas promoções ou fazer concessões aos compradores.

Esse primeiro passo de 2018 vai ser o principal tijolo a pavimentar uma estrada que dará, consequentemente, na consolidação total desse comércio no mundo (não que alguém tivesse alguma dúvida dele…), com o e-commerce b2b ultrapassando a meta de 1 trilhão de dólares em faturamento – e isso só nos Estados Unidos.

A previsão é que em pouco tempo o B2B E-commerce duplique seu valor de mercado em relação ao tradicional mercado B2C, principalmente nos setores de manufaturas e bens de consumo, duas indústrias que tem gerado mais crescimento no ambiente online.

Investir é preciso

Quando olhamos os dados eles parecem bem promissores para o mercado E-commerce B2B, certo?

Porém, para tirar vantagem desse cenário de sonhos, duas coisas devem ser levadas em consideração.

A primeira é que, conforme um estudo recente do setor , quando se trata da compra de itens de trabalho, mais da metade dos compradores pesquisa preços e condições de entrega e pagamento por diversos sites vendedores.

Isso significa que quem quiser surfar na crista do sucesso do E-commerce B2B tem que melhorar suas plataformas, seu marketing e seu re-marketing, que é quando um potencial cliente sai do site sem efetuar a compra mas recebe, eventualmente, informações e/ou promoções sobre ela.

Isso nos leva ao segundo fato a se considerar: para conseguir a proeza de lucrar no mundo online, uma empresa que opera em E-commerce B2B também tem que seguir uma linha de investimento no próprio negócio: para entregar um comércio mais fácil e intuitivo, é preciso caprichar nas ferramentas e na qualidade das plataformas.

Acontece que muitos fabricantes estão confiando em seus sistemas atuais e correm o risco de ficarem desatualizados conforme a demanda cresça a partir do ano que vem. Nesse caso, sem investimento, o que a empresa vai oferecer são canais de venda ilimitados e uma experiência de usuário ruim, o que tira do negócio as chances de se manter competitivo no setor online.

Por isso, se você tiver planos para crescer em E-commerce B2B a partir do ano que vem, saiba que investir é preciso para atingir suas metas com qualidade e fidelidade do cliente. Uma coisa é certa: se existem trilhões de dólares esperando pelas empresas no final do arco-íris, elas têm que se esforçar muito para chegar lá.

Afinal, tudo o que temos até agora são previsões. As empresas de E-commerce B2B é que são capazes de fazer com que elas se concretizem.

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Publicado por Eduardo Müller

Eduardo é fundador e CEO da B2B Stack – maior portal de busca e avaliações de softwares B2B brasileiro. Trouxe para o Brasil a Predictable Revenue de Aaron Ross (autor dos best sellers Receita Previsível e Hipercrescimento); Engenheiro Mecânico pela Purdue University, acompanhou por oito anos nos EUA as práticas de vendas e operações estado da arte de empresas Fortune 100 a startups.


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